Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Consultório de Astrologia

A Dor da Alma dos Artistas

Como a sua doença influenciou as suas obras

 

Convidamo-la a descobrir o que se esconde por detrás das pinturas, das músicas ou dos livros dos grandes artistas. Isto porque nos seus traços, nas suas notas ou nas suas frases escondem-se verdadeiros segredos que revelam as doenças ou os dramas pelos quais passaram na vida.

 

O autor Omar Lopéz Mato escreveu um livro bastante polémico, “Males dos Artistas, Doença e criação” que traz até ao comum dos mortais uma teoria sobre a grande base de inspiração dos artistas mais conceituados. A sua obra desvenda que grandes pintores, autores ou músicos conseguiram criar algo nunca visto, porque devido ao facto de padecerem de alguma enfermidade viam o mundo de um outro ponto de vista. Das suas doenças fizeram a sua fonte de criatividade que resultou então em grandes obras. A sensibilidade destes artistas ficou ainda mais apurada devido aos seus males, que transmitiram ao mundo de forma inesquecível. Lopéz Mato dá um exemplo muito claro que é o caso dos pintores impressionista. Há muito tempo que se tenta deslindar qual o ponto comum que unia estes artistas para que o seu traço na tela se expressa-se dessa forma. A resposta é simples, todos eles sofriam de  miopia e dessa forma não visualizavam todas as cores ou forma do mundo da mesma maneira que os outros. Claude Monet ou Pablo Picasso são exemplo disso. Segundo esta teoria, os pintores míopes doimpressionismo transmitiam para as suas obras as cores claras e alegres com que viam a natureza, pois o tom escuro e acastanhado da terra, passava-lhes ao lado. Os problemas visuais de Monet, a quem a certa altura foi diagnosticado cataratas, foram tornando os seus quadros cada vez mais avermelhados, pois este problema atuava nos seus olhos como uma espécie de filtro para as cores. Esta sua maneira de trabalhar acabou por influenciar, mais tarde, outras correntes artísticas, como a pintura abstrata e o expressionismo.

 

Também o impressionista Camille Pissaro acabou a sua vida a pintar as paisagens que via pela janela, porque como sofria de um problema em que lacrimejava dos olhos constantemente, os médicos aconselharam-no a evitar o ar livre. Exemplos de grandes artistas que eram daltónicos aparecem nomes como Charles Meyron ou Charles Meyron, que transmitiram para as suas obras rostos emergindo da escuridão como fantasmas. O grande pintor norueguês Edvard Munch sofria de uma hemorragia interna no seu olho esquerdo que o fazia ver manchas negras. Algo que ficou refletido na sua obra, como é bem demonstrado na sua obra O Grito.  

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      


LEG: «Claude Monet ou Pablo Picasso, os pintores míopes do impressionismo transmitiam para as suas obras as cores claras e alegres com que viam a natureza, pois o tom escuro e acastanhado da terra, passava-lhes ao lado.»

 

LEG: «O grande pintor norueguês Edvard Munch sofria de uma hemorragia interna no seu olho esquerdo que o fazia ver manchas negras. Algo que ficou refletido na sua obra, como é bem demonstrado na sua obra O Grito

 

 

Músicos surdos e anomalias “sonoras”

Embora não se saiba muito bem quais as causas da sua perda de audição, um dos músicos mais famosos que sofreu deste problema e o deixou refletido nas suas obras foi Ludwing Van Beethoven. Esta sua doença tornou, ao longo dos tempos, a sua obra cada vez mais depressiva. Foram principalmente os problemas psicológicos que se manifestaram nos maiores músicos da história. Segundo alguns, Robert Schumann que sofria de
esquizofrenia deixou marcas visíveis deste mal, nas suas últimas composições. E há ainda quem diga que a grande genialidade de Mozart se deveu em grande parte ao facto de sofrer de Síndrome de Tourette (desordem neurológica caracterizada por tiques). O caso mais conhecido de músicos que usaram as suas anomalias em prol da sua obra foi Nicoolo Paganini que sofria de Aracnodactilia (dedos das mãos muito finos e compridos), facto que explicava o seu grande dom para o violino.  

 

LEG: «…há ainda quem diga que a grande genialidade de Mozart se deveu em grande parte ao facto de sofrer de Síndrome de Tourette (desordem neurológica caracterizada por tiques).»

 

 

LEG: «O caso mais conhecido de músicos que usaram as suas anomalias em prol da sua obra foi Nicoolo Paganini que sofria de Aracnodactilia (dedos das mãos muito finos e compridos), facto que explicava o seu grande dom para o violino.»

 

Escritores e poetas diferentes

É inegável dizer que desde os tempos da Grécia Antiga que a imagem dos poetas está ligada aos cegos que transmitiam para o mundo, através das suas palavras, os seus míticos deuses e heróis. Tanto Homero como John Milton acabaram as suas vidas com a perda de visão e esta deficiência parece tê-los tornado ainda mais inspirados. Milton ditou a sua última obra quando já não conseguia ver aquilo que escrevia e, ainda assim, cego conseguiu tornar Paradise Regained e Samson Agoniste em algo inigualável. O nosso grande e inesquecível romancista Camilo Castelo Branco, autor de grandes histórias como Amor de Perdição, A Queda de um Anjo ou Mistérios de Lisboa também sofreu, durante toda a sua existência, de problemas de visão. Também o argentino Jorge Luis Borges, autor de obras como o Guerreiro e a Cativa, sofreu de uma diminuição de visão, a partir de 1955, o que lhe
dificultou muito a sua vida de escritor, algo que se notou bastante no seu conto, O Livro da Areia, que escreveu em 1957.

 

LEG: «O nosso grande e inesquecível romancista Camilo Castelo Branco, autor de grandes histórias como Amor de Perdição, A Queda de um Anjo ou Mistérios de Lisboa também sofreu, durante toda a sua existência, de problemas de visão.»

 

Viciados e génios loucos

Muitos poetas, pintores e compositores recorreram a truques para abrir as suas mentes e ultrapassarem os seus problemas relacionados com o corpo ou a mente, de forma a conseguirem enriquecer as suas obras. Dizem que, por exemplo, Alexandre Dumas escrevia com tinta vermelha sobre uma mesa que cambaleava, que Mozart recorria ao ritmo das batidas das bolas de bilhar para para encontrar as fantásticas melodias das suas músicas, e que Friedrich Schiller necessitava de ter perto de si o cheiro de maçãs podres para conseguir criar. E há ainda muitos poetas do século XIX que se agarram ao ópio para conseguirem a sua grande inspiração, falamos por exemplo de John Keats e Samuel Taylor Coleridge. O arquiteto Giobanni Battist Piranesi foi também completamente viciado nesta droga.

Para além disto, outros grandes artistas tinham tanto de génios como de loucos. Diz-se de Joan Miró, tinha um temperamento depressivo e que se considerou uma pessoa trágica e taciturna. Uma amante de lord Byron classificou-o como uma pessoa louca, má e perigosa, enquanto que o pintor espanhol Goya atravessou grandes momentos depressivos devido ao seu isolamento social provocado pela surdez. Esse problema ficou sem dúvida refletido na sua obra. Os estados depressivos pelos quais passavam muitos destes artistas, por vezes transformavam-se em patologias mentais graves. O célebre escultor, ourives e escritor italiano Benvenutto Cellini foi considerado um psicopata, sendo acusado publicamente de sodomia (perversões sexuais com ênfase para o sexo anal).

Estes são apenas alguns exemplos dos mais famosos artistas que Omar Lopéz Mato descreve nas páginas do seu livro, mas onde obviamente a doença se transformou nas mais puras das criações.  

 

LEG: «…o pintor espanhol Goya atravessou grandes momentos depressivos devido ao seu isolamento social provocado pela surdez. Esse problema ficou, sem dúvida, refletido na sua obra.»

 

Uma perceção diferente

O grande bailarino polaco Vaslav Nijinsky acabou por ter que retirar-se dos palcos devido à sua esquizofrenia. Mas há quem acredite que a sensibilidade demonstrada quando atuava se devia em grande parte à manifestação da sua doença, que lhe provocava uma perceção diferente da realidade.

 

 

Uma Mona Lisa com Blefaritis

Segundo o médico francês Lanthony, Leonardo da Vinci terá pintado a sua Mona Lisa com uma doença de olhos, blefaritis, uma inflamação crónica na pálpebra que gradualmente provocava a queda de pestanas. Teria esta obra algum reflexo da dor de alma do pintor?