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Consultório de Astrologia

Como estão os astros em Junho? Conheça a energia do mês!

 

Junho será um mês especialmente intenso a nível emocional e um pouco confuso no domínio mental. Mercúrio está retrógrado, assim como Saturno, o que nos deixa mais inconstantes e inseguros em relação às nossas escolhas. Júpiter e Neptuno ficam retrógrados este mês, e haverá uma importante quadratura entre Saturno e Úrano. Alguns factos terão de ser reavaliados e repensados. Haverá um eclipse solar, que pode lançar uma nova luz sobre a nossa vida, mudando totalmente o nosso foco, e temos ainda o Solstício de Verão, a noite mais curta do ano. Prepare-se, pois pode haver grandes mudanças na sua vida neste mês.

Junho começa sob a influência dos acontecimentos que marcaram a última semana de Maio: a Lua Cheia em Sagitário com eclipse lunar total e o facto de Mercúrio ter ficado retrógrado. Uma vez que o Sol se encontra em Gémeos, que é regido por Mercúrio, esta retrogradação tem ainda maior impacto. Saturno também ficou retrógrado no final de Maio, iniciando um período que pode trazer recompensas inesperadas mas que apresentará, certamente, desafios importantes, confrontando-nos com o peso das nossas escolhas e com decisões que podem fazer-nos abdicar de algo importante para nós.

Logo no dia 2 de Junho, Vénus entra em Caranguejo, o que traz uma aura de doçura aos afetos mas, também, maior insegurança e carência na esfera emocional. Tornamo-nos mais afetuosos e exigentes, dedicamos maior importância aos relacionamentos e aos laços que estabelecemos com a família e com aqueles que nos são mais chegados mas, ao mesmo tempo, tendemos a esperar mais - por vezes demasiado - daqueles a quem tanto damos. Quando Vénus está neste signo as relações assumem um papel de destaque nas nossas vidas, tornando-se prioritárias para o nosso bem-estar, ainda que nem sempre sejam fáceis de gerir e equilibrar com as exigências quotidianas e possa haver confrontos de vontades, expetativas e personalidades.

O primeiro grande acontecimento astronómico e astrológico de Junho acontece no dia 10, com a Lua Nova em Gémeos, que vem acompanhada por um eclipse solar. A energia de Gémeos está enfatizada, já que o Sol e a Lua se encontram neste signo, deixando a nossa mente a fervilhar com novas ideias ou, por outro lado, inquieta com as inúmeras possibilidades que parecem agora surgir à nossa disposição e que desejamos pôr em prática. Este eclipse, que é solar, interfere com a nossa identidade pessoal e está ligado ao eclipse lunar que ocorreu a 26 de Maio. Assuntos que surgiram ou ganharam maior destaque na nossa vida por essa altura poderão ter agora um novo desenvolvimento ou revelações surpreendentes, que nos farão questionar as nossas escolhas ou lançar uma nova luz sobre quem somos e sobre a maneira como nos vemos.

No dia 11 de Junho Marte entra no ardente signo Leão, o que intensifica as paixões, tanto ao nível dos relacionamentos como, também, dos projetos, e até da própria vida. Estamos mais ousados e sentimo-nos com coragem para enfrentar os nossos medos, até porque Vénus em Caranguejo nos deixa mais carentes a nível afetivo, fazendo com que sejamos mais capazes de cometer uma loucura por amor, de arriscar mudar de vida, de deixar tudo para trás e ousar ir em busca do que nos faz vibrar. As emoções estão ao rubro, os ânimos exaltam-se. É preciso ter algum cuidado, porém, pois podemos cair no excesso ou na cegueira causada por uma sobrevalorização das nossas capacidades. Júpiter entrou em Peixes em Maio, e isso pode fazer-nos confiar demasiado na sorte, sem medir bem os riscos que corremos.

Com Mercúrio retrógrado até ao dia 22, no signo Gémeos, de que é regente, e onde se encontra o Sol, este mês será um tanto desafiante a nível mental. Se, por um lado, a nossa inteligência se aguça e a nossa mente está cheia de ideias que deseja pôr em prática e que nos abrem portas para explorar outras possibilidades e dar um novo rumo à nossa vida, há por outro lado uma forte instabilidade, que nos deixará inseguros quanto ao rumo que devemos tomar, e há também o risco de interpretarmos mal a informação que recebemos, agindo de forma precipitada e cometendo erros que poderíamos evitar tendo uma atitude mais cuidadosa e atenta.

O dia 14 será especialmente importante e pode trazer tensão ao nosso quotidiano. Saturno forma uma quadratura com Úrano, opondo aquilo que deve ser feito àquilo que queremos fazer.

Este ano haverá três quadraturas entre Saturno e Úrano, as quais são acontecimentos astrológicos raros e que têm um forte impacto nas nossas vidas a longo prazo. A primeira aconteceu em Fevereiro de 2021, a segunda será no dia 14 de Junho, e a terceira chegará em Dezembro, marcando, ao longo deste ano três pontos-chave que podem provocar uma viragem na nossa rota. Saturno representa a estabilidade, a ordem e a tradição, aquilo que as obrigações ditam, o que nos é imposto, as limitações que não escolhemos, as responsabilidade que assumimos. Úrano opõe-se a tudo isso: este é o planeta das revoluções, das mudanças imprevisíveis, que vem deitar por terra o que está ultrapassado ou demasiado estanque para que algo novo, melhor e mais adequado ao presente, possa ser construído em seu lugar. Qualquer situação que possa ter tido maior destaque na sua vida em Fevereiro irá ter agora um novo desenvolvimento, o qual pode ser bastante marcante e fazer com que se mude o rumo que estava a seguir. Em Dezembro haverá um desfecho para este ciclo, que está ainda a ser percorrido.

No dia 17 de Junho a Lua entra na fase de Quarto Crescente no disciplinado e metódico signo Virgem, o que nos ajudará a repor a ordem e, de forma muito gradual - já que Virgem também é regido por Mercúrio, que ainda se encontra retrógrado - a definir estratégias para criar novas estruturas na nossa vida, onde sentirmos que elas são mais necessárias. Será difícil conseguir ver com clareza, contudo, porque para além de Mercúrio estar retrógrado no dia 20 também Júpiter entra em retrogradação. A confiança passa a ser mais contida, e podemos até perder a esperança em relação a algumas situações. Júpiter retrógrado em Peixes pode deixar-nos confusos, inseguros e desiludidos, fazendo-nos perder a motivação que até aqui nos fez confiar na sorte e em nós próprios.

No mesmo dia em que Júpiter fica retrógrado, ocorre no Hemisfério Norte o Solstício de Verão, a noite mais curta do ano, que marca um importante ponto de viragem energética na energia dominante. Os Solstícios e os Equinócios formam os quatro dias-chave de cada ano, assinalando a mudança de ênfase energética. O Sol, que entra em Caranguejo nesse dia, atinge o pico da sua energia, o seu expoente máximo, no dia do Soltício de Verão. A partir daqui vai perdendo força até ao Soltício de Inverno, em Dezembro, com a noite a ganhar progressivamente tempo em relação ao dia.

A entrada do Sol em Caranguejo faz com que as nossas emoções fiquem mais expostas, fazendo-nos sentir mais ligados a tudo o que diz respeito ao campo afetivo, às nossas origens, aos nossos apegos, à família e ao contacto com o mais íntimo de nós. Podemos sentir-nos mais introspetivos e até frágeis, vulneráveis às influências dos outros, ao que nos dizem, ao que nos fazem, à forma como nos marcam.

No dia 22 de junho Mercúrio deixa de estar retrógrado e continuará a estar em Gémeos, o que nos ajudará a visualizar melhor aquilo que queremos, sendo capazes de avaliar as situações com maior clareza e objetividade. A partir desta data a energia torna-se mais leve, como se alguns nós que nos prendiam começassem lentamente a ser desatados.

Saturno forma um sextil com Quíron no dia 24, o que pode representar importantes desenlaces cármicos, já que tanto um como o outro se relacionam com heranças trazidas de vidas passadas. Podemos ter a oportunidade de aprender uma lição que será muito importante e que irá ajudar-nos a fortalecer as nossas capacidades para o futuro.

Nesse mesmo dia, 24, a Lua estará Cheia no signo Capricórnio, oposta ao Sol em Caranguejo, deixando-nos entre a emoção e a razão, entre a obrigação e aquilo que o coração nos pede para fazer. A Lua Cheia em Capricórnio pode trazer-nos um suspiro de alívio, a fechar um mês de grande tensão emocional e confusão a nível mental. Se soubermos aliar o poder da nossa intuição, representada pelo Sol em Caranguejo, com a objetividade e o sentido prático da Lua em Capricórnio, conseguiremos encontrar uma solução que nos sirva a nós, de maneira individual, adequando-se ao contexto específico da nossa vida. Esta Lua Cheia não é, contudo, fácil, porque as energias estão trocadas de certa forma: a Lua, que é o aspeto sensível da nossa personalidade, encontra-se no prático e prudente signo Capricórnio, que é bastante frio ao nível dos afetos, enquanto que o Sol, que diz respeito à capacidade de ação e ao dinamismo, está em Caranguejo, o signo regido pela Lua, que é sonhador e carente.

Para acrescentar ainda maior confusão - e enfatizar ainda mais o poder do subconsciente e da intuição - Neptuno fica retrógrado no dia 25 de Junho. Neptuno está em Peixes, signo que rege, o que faz com que a espiritualidade ganhe uma dimensão ainda mais profunda. Neptuno retrógrado em Peixes incentiva-nos a buscar a respostas dentro de nós, a confiar na nossa voz interior, e a avançar mesmo que não sejamos capazes de justificar de forma lógica as nossas ações. Podemos revisitar assuntos do passado e voltar a sentir mágoas que julgávamos esquecidas, ou sermos confrontados com situações que nos fazem agir de forma nem sempre lógica - porque o sentido prático nem sempre nos permite resolver a questões e nem sempre dá resposta a todas as nossas dúvida.

O último acontecimento astrológico do mês é a entrada de Vénus em Leão, no dia 27, que nos dá mais garra e coragem a nível afetivo, fazendo-nos reclamar aquilo a que temos direito e deixando-nos mais impetuosos e ousados, com vontade de deixar a nossa marca e conquistar aquilo que ambicionamos.

Em suma, Junho será um mês cheio de emoções fortes, nem sempre fáceis de gerir, porque será difícil compreender de forma clara o que se está a passar na nossa vida e o que devemo realmente fazer para alcançarmos o que procuramos. Será preciso, pois, mantermo-nos firmes na nossa essência, sabendo ser flexíveis como as árvores que balouçam ao abor do vento, ainda que as suas raízes as mantenham firmes e inquebráveis.