Por Ivo Dias de Sousa, professor universitário e autor do livro “Um Coelho Cheio de Sorte”. Para sugestões e comentários: ivo@diasdesousa.org ou http://twitter.com/ivosousa2
Procure cultivar uma atitude optimista. O optimismo é quase sempre vantajoso para a sua vida (veja, por exemplo, o livro “A Força do Optimismo” do psiquiatra Luis Rojas Marcos”). Claro que nem tudo são “rosas” no “reino” do optimismo. Porém, as vantagens tendem a superar largamente as desvantagens.
Uma pessoa que se coloca, por sistema, em situações de risco pensando que as suas hipóteses são muito superiores ao que realmente são é aquilo a que se chama de optimista patológico. Talvez tenha uma amiga que vá ao casino frequentemente e perca lá os ordenados – é provável que seja uma optimista patológica, o que não é saudável, nem bom para o bolso.
Os pessimistas patológicos
Estudos indicam que a maioria da humanidade tende a ser um pessimista patológico. Ou seja, alguém que, por sistema, coloca as hipóteses de alcançar algo, abaixo da realidade. Deste modo, tenta poucas vezes porque julga que as suas hipóteses são muito baixas. A maioria das pessoas que conhece está nesta categoria (cerca de duas pessoas em três). Talvez a leitora se inclua nesta categoria.
Porém, ao cultivar uma atitude optimista pode superar-se a si própria. As vantagens de cultivar o optimismo [nota: não estou a sugerir de forma nenhuma que ignore a realidade] são diversas. Uma delas é melhorar a saúde – o corpo humano tende a “obedecer” aos “comandos” dos optimistas. Os optimistas tendem não só a ter menos doenças como a recuperar mais facilmente. Por consequência, tendem a viver mais do que o resto da humanidade.
Outra vantagem de ser optimista é aumentar as hipóteses de sucesso. Por ser optimista, uma pessoa age mais – a grande diferença entre as pessoas que têm sucesso e as que não têm, é que as primeiras agem. Por ir mais a “jogo”, é mais provável que coisas boas aconteçam. Um estudante que não vai ao exame de certeza que não passa.
Afinal, como joga?
A diferença não está só ir mais vezes a “jogo”. Está também na forma como vai a jogo. Um optimista tende a fazer as coisas de uma forma mais convicta, o que aumenta as possibilidades de sucesso. Suponha a leitora que vai marcar um penalti. Se estiver confiante (optimista), vai marcar o penalti com maior convicção, o que aumenta a possibilidades da bola entrar. Se estiver pessimista, a boa vai sair, quase de certeza, devagar e o guarda-redes vai agarrá-la.
A mesma coisa se passa numa possível entrevista para um emprego. Se estiver optimista em relação a ela, quase de certeza que vai preparar-se melhor. Na própria entrevista, falará melhor. Tudo isso faz com que as suas hipóteses aumentem.
Existe outra vantagem de ser ptimista que a maioria das pessoas esquece: os optimistas são mais felizes. Suponha a leitora que tem uma irmã gémea exactamente igual. Um mágico lançou uma maldição que obriga as duas a terem exactamente a mesma vida sem tirar nem por. Se casam, o marido é igual e assim por diante. A única diferença que podem ter é uma ser mais optimista do que outra. Qual prefere ser? A mais optimista ou a outra gémea?
Devido à maldição, não faz diferença na vida que têm. No entanto, é preferível ser a optimista apesar de não fazer qualquer diferença visível. Porquê? Porque a gémea optimista tem melhor qualidade de vida devido ao que se passa na sua cabeça.
Em geral, ser optimista (desde que não seja de uma forma exagerada, o que é raro) leva as pessoas a ter melhor qualidade de vida.
Procure cultivar uma atitude optimista. As vantagens são várias. Lembre-se que ser optimista é um hábito. Se cultivar uma atitude optimista por algum tempo, o optimismo será um hábito para si.
É com enorme prazer que vos convido pessoalmente para estarem presente no lançamento do meu novo livro ACREDITAR REZAR AMAR (Editora Guerra & Paz), que se irá realizar na FNAC do Colombo, no dia 2 de outubro, às 18.30h.
Conto com a vossa presença neste dia especial!
Espero por Si! Venha conversar comigo e receba um presente muito especial ao adquirir o meu livro. Preparei para si um amuleto de proteção espiritual que irá ajudar a afastar da sua vida todas as energias negativas!
Por Ivo Dias de Sousa, professor universitário e autor do livro “Um Coelho Cheio de Sorte”. Para sugestões e comentários: ivosousa@yahoo.com ou http://twitter.com/ivosousa2
Cara Amiga,
Os riscos fazem parte da nossa vida. A vida está cheia de riscos grandes e pequenos. De certa forma, não é possível escapar inteiramente a eles. Mesmo que nos tranquemos em casa, ela pode ser atingida por um terramoto ou outra catástrofe qualquer.
De certa forma, talvez o maior risco seja não tomar riscos e deixar a vida passar. Os riscos podem ser grandes ou pequenos. Escolher um novo restaurante é um pequeno risco (pode, por exemplo, não gostar da comida). Por sua vez, ter um filho ou escolher um novo emprego parecem-me entrar já na categoria de grandes riscos.
Não sou eu que lhe vou dizer quais os riscos grandes ou pequenos que deve tomar. Cada um é como cada qual. Um determinado risco pode fazer sentido para uma pessoa e não fazer para outra. Mais, um risco faz sentido agora e passado um mês não. Porém, digo-lhe que tomar riscos é necessário nas nossas vidas.
Porém, vou sugerir-lhe que tome um determinado tipo de riscos tal como é defendido pelo Doutor Richard Wiseman no seu livro “The Luck Fator”- Que tipo de riscos são esses? De uma forma simples, são os riscos que reúnem as seguintes características. Ou seja, está a pensar nele há algum tempo, custa pouco tomá-lo e se correr mal, não acontece nada de especial.
Porque aconselha o Doutor RichardWiseman a correr esses riscos? Uma das razões é deixar de pensar nisso quer corra bem ou mal. Suponha, por exemplo, que escreveu um livro. Acha que o livro tem poucas ou nenhumas hipóteses de ser publicado por uma editora. No entanto, está sempre a pensar em enviá-lo para editoras.
Custa relativamente pouco enviá-lo para editoras. Pelo menos, em comparação com escrevé-lo - imprimir, colocar em envelopes e comprar selos. Mesmo que tenha razão (as editoras não o quererem), não aconteceu nada de especial. Na prática, ficou numa situação equivalente a não ter enviado o livro com uma vantagem. Fez o que tinha pensado e agora pode focar a sua atenção noutra coisa.
Porém, existe outra razão para enviar o livro. Nós, humanos (segundos estudos), somos maus, em geral, a avaliar as hipóteses de alcançar uma determinada coisa. Mais, outros estudos indicam que a maioria de nós são pessimistas patológicos. Ou seja, tendemos a colocar, quase sempre, as nossas hipóteses de alcançar algo muito abaixo do que são na realidade. Normalmente, as hipóteses de alcançar algo são superiores ao que pensamos ser.
Claro que também existem otimistas patológicos. Ou seja, pessoas que colocam, por sistema, as suas hipóteses muito acima do que realmente são. São, por exemplo, as pessoas que vão ao casino sempre a pensar que vão ganhar. Porém, são as exceções que confirmam a regra: a maioria das pessoas tende a ver as suas chances menores do que realmente são – é provável que a leitora esteja neste grupo.
Assim, se quer fazer algo que custa pouco fazer e, se correr mal, não acontece nada de especial, o melhor é fazer. Não digo que consiga atingir necessariamente o que quer. Porém, digo-lhe, à partida, que as hipóteses de concretizar o que quer seja são normalmente superiores ao que pensa.
Se a coisa correr mal, aprenda o que tem a aprender. Porém, não fique a pensar muito no assunto. Tome outra iniciativa.
Por Ivo Dias de Sousa, professor universitário e autor do livro “Um Coelho Cheio de Sorte”. Para sugestões e comentários: ivosousa@yahoo.com ou http://twitter.com/ivosousa2
“Se soubermos paraonde queremos ir, é mais fácil agir. Apenas tem de decidir o que fazer e fazê-lo.”
Cara Amiga,
Suponha que está numa esplanada. Chama o empregado e diz-lhe: “Não quero uma água”. O empregado, provavelmente, vai ficar a olhar para si com cara de “parvo”. Se o empregado não lhe disser das “boas”, deve acabar por ir embora sem fazer nada. Isto, a não sequer que diga o que quer consumir.
Suponha que lhe tinha dito, inicialmente: “Um café, por favor”. Quase de certeza, o empregado vai busca-lo para si. Assim, pode tomar, tranquilamente, o café enquanto, por exemplo, aprecia um pôr-do-sol e conversa com as suas amigas.
Claro que, por vezes, temos de dizer que não a situações, lugares e a pessoas. Por exemplo, a uma má relação ou a uma comida a que somos alérgicos. Pode ser raro nas nossas vidas, mais tarde ou cedo temos de dizer não a algo importante.
Todavia, nós (e os nossos cérebros) funcionamos melhor quando concentramos a nossa atenção no que queremos. Porque é melhor concentrar a nossa atenção no que queremos em vez do que não queremos? Tem, pelo menos, duas vantagens. Se soubermos para onde queremos ir, é mais fácil agir. Apenas tem de decidir o que fazer e fazê-lo. Se não souber para onde quer ir, provavelmente, vai ficar demasiado tempo a pensar para onde deseja ir. Mais ou menos, como o empregado de mesas a quem foi dito por um cliente que não queria um café. Durante todo esse tempo vai ficar, simplesmente, paralisada sem fazer nada – um tempo desperdiçado que poderia ser melhor utilizado.
Concentrar a atenção no que quer, tem outra vantagem – indica mais facilmente o caminho para onde quer realmente ir. Se só quiser afastar-se de algo e agir, existem mais possibilidades de se dirigir a um “lugar” igual ou pior do que o anterior. Se não sabe para onde quer ir, também não interessa muito para onde vai.
Sugiro que vá buscar uma folha em branco e um lápis para fazer um exercício. Eu espero.
Suponho que já tem a folha e o lápis. Faça uma listas do que não quer na sua vida – pequeno ou grande. Por exemplo, um comportamento do seu namorado ou marido ou o seu emprego actual.
Depois, à frente do que não quer, coloque o que quer em substituição. Por exemplo, se não gosta de um comportamento do seu namorado ou marido, escreva como como ele se deveria comportar; se não gosta do seu trabalho actual qual seria a situação ideal (outro emprego, trabalhar por conta própria, etc)?
A seguir, em frente ao que quer, faça uma lista de possíveis acções (por mais estapafúrdias que lhe pareçam) para chegar mais próximo do que quer. Escolha fazer já as medidas que lhe pareçam mais adequadas.
Pensar é bom, mas se agir é mais fácil fazer com que as coisas mudem.